O sensoriamento remoto participa de maneira estratégica no monitoramento das mudanças de ocupação do solo, da dinâmica da vegetação, da dinâmica hidrológica continental e da variabilidade das temperaturas de superfície dos oceanos. Permite medidas de biomassa, de atividade clorofila, de temperatura de superfície, de altura das águas e de fragmentação das paisagens entre outras. Essas informações são indispensáveis para observar e entender as relações entre as mudanças e as dinâmicas das superfícies continentais e oceânicas e a variabilidade climática. Esse conhecimento possibilita, junto com as estimativas de emissões de gás de efeito estufa, a elaboração de modelos globais do clima. Associado com modelos de previsão de mudança de uso do solo e de cenários hidrológicos, os modelos climáticos permitem prever os impactos climáticos futuros das tendências de degradação do meio ambiente observados em muitas regiões do planeta e, em particular, fornecer estimativas de mudanças da temperatura e das precipitações. São os resultados desses modelos junto com cenários de emissões de gás de efeito estufa que são hoje discutidos nos acordos internacionais sobre mudanças climáticas. A proposta desse curso é de mostrar, através de vários exemplos, como as técnicas mais recentes de sensoriamento remoto contribuem para o entendimento global das mudanças climáticas e para as decisões políticas ligadas aos acordos internacionais sobre o meio ambiente e o clima.